Tenho algumas
coisas para explicar e dizer que "antes de tudo, eu vi". Isso vale para qualquer pessoa que já tenha visto ou lido o meu blog,
mas também para alguém que nunca esteve aqui e não está entendendo nada.
Imagino que
qualquer um que não me conheça já e tenha entrado no meu blog não saiba realmente como eu sou.
Para o que nunca entrou, deixe-me abreviar um pouco os fatos: Sou a Anny e a 2
anos criei o L'etoile Degas para deixar o estresse de lado. Era meu ano de
pré-vestibular e eu estava com a cabeça a mil. Assim, o L'etoile veio de
paraquedas e significa A Estrela. É o nome do quadro mais famoso de Edgar
Degas, um dos meus pintores favoritos. Não gosto muito de pintura, na verdade,
e meus pintores favoritos se resumem a dois, mas esse me chamou realmente
atenção, porque ele é famoso por pintar bailarinas e por muito tempo
dancei ballet. Por isso, tenho um carinho especial por bailarinas. Aliás, tenho
orgulho de ainda saber fazer ponta, pliê e quase abrir escala. Mas, me pondo no lugar da minha querida
Lizza, a menina que começou a ser desenvolvida aqui naquela época, me sentia
como alguém desconhecida, perdida no imaginário mundo de uma personagem sem uma
história escrita na ordem, com sombras do passado e nenhuma perspectiva para o
futuro. Bem, assim era como eu estava a escrevendo, sem nenhuma descrição
exata, sem nenhuma sinopse, mas essa era a Lizza, como um filme que você pega
pela metade, e essa era mais ou menos eu.
Todos diziam
que o meu blog era como um diário, mas eu insistia em dizer que não.
Claro, eu não vivi minha adolescência nos anos 90,
a vivo
agora, mas muitas coisas que escrevia vinham lá do fundo da minha nobre
cabeça pensadora e de um coração que não estava tão feliz. Elas
eram incrementadas com o sabor da minha criação fictícia. - É uma
delícia escrever e eu faço isso a minha vida toda. Nunca fui chegada a colorir,
muito menos a desenhar, mas escrevia bilhetes de amor para os meus pais todos
os dias e criava histórias que, hoje, quando eu vejo algumas penso se fui eu mesma
que escrevi.
Esse blog foi
criado no meio do ano do meu primeiro vestibular e eu realmente não sei o
porquê parei de escrever nele. Tenho a desculpa feita na ponta da língua,
porque foi a partir dele que a Lizza surgiu no meu peito com toda intensidade e
fez o sonho da minha vida surgir, uma das obras mais bonitas que eu tenho hoje em meu
coração, que é escrever. Por isso, eu digo que parei de escrever porque começou
a crescer a ideia de um livro sobre a história dessa menina. Maaas, o peso da
minha grande e pesada consciência me fez ver que esse não era o único motivo
para eu ter parado de escrever no blog, eu tinha, e ainda luto com isso, muita preguiça. Por
mais que eu ame, isso se alia a minha falta de organização. Mas, a três dias
um desejo enorme tem surgido no meu coração e acabou de ser alimentado com um
sonho que eu tive agora antes de vir ver se eu ainda tinha a senha do blog.
Sonhei que eu o perdia! Acordei desesperada. O fato é que: Eu ainda me importo. E se eu permitir sentir a emoção de escrever com toda a raiz da garra, mesmo que
lá no fundo, eu vou sentir de fato. Porque sentimentos, meus caros, são como a
chuva. Sinto-me encharcada com eles. Assim como eu me entreguei a Deus, posso
dedicar meu coração e fazer com que o meu corpo acompanhe suas batidas. Quando
eu entrei, agora mesmo, e vi que mesmo sem postagens novas, que mesmo com a
quantidade crescente de tumblers alheios (sem criticá-los, de forma alguma),
pessoas lotaram meus visitantes e preencheram o que faltava para a quantidade
que eu queria no último dia, quando decidi que seria mesmo o último.
Assim, meus
caros, escrevendo esse texto, sei que não existe melhor forma de
se expressar como em um texto redigido, com as sílabas postas lado a
lado, formando palavras, depois frases, e frases com sentido. Não existe melhor
forma de tocar o coração humano e não existe melhor forma para fazê-lo. Pelo
menos para mim. Volto, hoje, a escrever, o que, na verdade, nunca parei.
Sou do tipo que escreve no braço para não perder uma frase bem feita. Tenho a
missão de juntar os meus papéiszinhos, guardá-los para mim em uma caixinha
colorida, enfeitada com cor e preencher com sentimentos. Porque depois de ver,
literalmente, com uma doce senhorinha simpática chamada carinhosamente de Dona
Leda, o privilégio de ter descoberto essa paixão ainda cedo, além de admirar a
senhora de idade que conheci, pela qual levaria todas as palavras em uma
bandeja pela sua ousadia e coragem, como também por causa do seu sorriso e
olhos encantadores, perfumada com cheiro de piquenique, é que digo que “tenho
em mim todos os sonhos do mundo" a favor de tocar os corações das pessoas
que lerão as minhas próximas postagens. Porém, agora com um sentido diferente.
Sinto-me em outra fase, não mais com uma conotação depressiva, até porque nunca
fui depressiva de fato, mas sempre fui dramática, aprendi, então, não a me
controlar pelas minhas próprias forças, mas aprendi entregar a Deus minhas
emoções que vivem à flor da pele. Não sei se hoje o nome L'etoile Degas tem a
ver com o que se passa. Pretendo mudá-lo para
algum nome que ainda vou descobrir. Tenho pensado em Confessorando, se não soar
muito óbvio. E não que isso signifique que tratarei de minha vida diária. Aqui,
o dia é ficção ou não, mas o foco nunca estará voltado para meu umbigo. As únicas coisas desvendadas dependerão do quanto você tem a
capacidade de perceber os milagres de Deus que mergulhados ficam entre as metáforas do ser humano e da natureza, do senso apurado de um
investigador nato em vida, pessoas e acontecimentos que eu sei que existe bem
aí na sua íris. Tudo está sendo como um recomeço, o qual eu entreguei a
Deus.
Assim, pela
chuva que caia do céu enquanto escrevia, assim como quando fiz meu primeiro
texto e pelo sol que está saindo, assim como as primeiras frases publicadas no
blog. Eu declaro: Que o jogo recomece com uma pitada de pimenta mexicana. Já tenho outros personagens maquinando
em minha mente, conheci muitas pessoas esse ano que mudaram minha concepção
sobre o que eu gosto e sobre o que me encanta. Porque há coisas que eu gosto e
coisas que me encantam. E são nas que encantam que eu quero permanecer. Por
fim, talvez a Lizza não apareça mais em postagens sobre sua história de vida,
só em meu futuro livro sobre ela, quem sabe. Mas, antes do final, sem esperar o
amanhã, antes da luz chegar e do amor esfriar, houve perdão comigo mesma e uma
canção que, de alguma forma foi tocada diferente. Só não esperei entender, nem
enxergar, porque nada, nada pode esperar a história acabar. Por fim,
Antes do Final de Palavrantiga, que tem tudo a ver.
Att. A.C.Confessor.
Tenho algumas
coisas para explicar e dizer que "antes de tudo, eu vi". Isso vale para qualquer pessoa que já tenha visto ou lido o meu blog,
mas também para alguém que nunca esteve aqui e não está entendendo nada.
Imagino que
qualquer um que não me conheça já e tenha entrado no meu blog não saiba realmente como eu sou.
Para o que nunca entrou, deixe-me abreviar um pouco os fatos: Sou a Anny e a 2
anos criei o L'etoile Degas para deixar o estresse de lado. Era meu ano de
pré-vestibular e eu estava com a cabeça a mil. Assim, o L'etoile veio de
paraquedas e significa A Estrela. É o nome do quadro mais famoso de Edgar
Degas, um dos meus pintores favoritos. Não gosto muito de pintura, na verdade,
e meus pintores favoritos se resumem a dois, mas esse me chamou realmente
atenção, porque ele é famoso por pintar bailarinas e por muito tempo
dancei ballet. Por isso, tenho um carinho especial por bailarinas. Aliás, tenho
orgulho de ainda saber fazer ponta, pliê e quase abrir escala. Mas, me pondo no lugar da minha querida
Lizza, a menina que começou a ser desenvolvida aqui naquela época, me sentia
como alguém desconhecida, perdida no imaginário mundo de uma personagem sem uma
história escrita na ordem, com sombras do passado e nenhuma perspectiva para o
futuro. Bem, assim era como eu estava a escrevendo, sem nenhuma descrição
exata, sem nenhuma sinopse, mas essa era a Lizza, como um filme que você pega
pela metade, e essa era mais ou menos eu.