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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Outro lado de mim, diferente do que havia

   Esse ano adquiri responsabilidade e sou muito mais madura e mais crítica, tenho convicção que pela primeira vez eu penso no meu futuro, literalmente. Não gosto mais da vida de 12 anos que escuta Justin Bieber e usa um estilo emo só por que é da moda, afinal, só sou adepta a moda que me faz bem. De uma certa forma, adoro o conhecimento, estudar o que me é interessante, pensar no que eu posso fazer para ajudar o mundo me fascina. 
   Na última vez que escrevi sobre mim, estava estressada e no meio de um furação turbulento, não que eu esteja em um vazio agora, mas de um jeito agradável estou bem. O que me preocupava em uma época  era se eu era feliz, comigo e com a sala, tenho certeza que não gosto da saudade, por isso faço de tudo pra não lembrar do meu ano, e quem diria a uns meses que eu falaria de saudade da sala? Ninguém, provavelmente. O que alguém esperaria seria morte ou destruição, mas tudo terminou ao longo de um brim azul.
   E, depois de tanta espera passei três dias me anagelsisando com as minúsculas provas do vestibular, se comparadas a tudo o que eu absorvi de conteúdo e é aí que sinto uma pontada no peito: Muitos assuntos vistos, muitas horas de dor de coluna, sem contar o aneurisma que a matemática me criou para tudo acabar assim, o pós vestibular me desequilibrou por um dia, quando eu quebrei o meu rítmo cardíaco da madrugada, senti ainda vontade de estudar, parecia, ontem, que faltava alguma coisa, como passei muito tempo acostumada a dormir muito tarde, não consegui ir para a cama antes da meia noite. Isso é meio revoltante, sem contar que uma prova não define o potencial de alguém, não conferi o resultado, prefiro aguardar e ter noção do que fiz ou não.          
   Assim, nesse instante do ano é que me encontro estranhamente na vida normal antes do vestibular, como se, em uma parte, nada tivesse acontecido.